Publicado em 12/10/2023 às 13:25,

Com quase 500 fuzis, RJ tem número recorde de apreensões este ano

Só nesta semana, foram 60 apreensões, 47 deles em uma mansão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital.

Redação, g1
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Divulgação: Fuzis desmontados estavam em malas em uma mansão na Barra — Foto: Divulgação

O Rio de Janeiro bateu recorde de apreensão de fuzis este ano. Só nesta semana, foram 60 apreensões, 47 deles em uma mansão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital.

De janeiro para cá, 499 fuzis foram apreendidos pela polícia. Os números deste ano já são maiores que o total de apreensões de 2022 (478).

Segundo a polícia, o arsenal apreendido na Barra seria vendido para milicianos e traficantes da favela da Rocinha.

O Rio de Janeiro não fabrica armas. Os fuzis são trazidos clandestinamente de fora do estado. E apesar de sucessivas operações policiais, o contrabando de armas e munição continua desafiando as autoridades.


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Divulgação: Fuzis apreendidos em mansão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio — Foto: Divulgação 

“É um desafio realmente hercúleo. É muito difícil fazer frente ao tráfico internacional de armas na realidade brasileira”, diz.

“Esse recorde de apreensão, sem dúvida nenhuma, traduz primeiro o aumento do volume de armas disponíveis, fruto da intensificação dessa disputa territorial do Rio de Janeiro. E segundo, traduz também o esforço das forças de segurança pública do estado do Rio de Janeiro em tentar controlar essa disputa frenética por território na capital fluminense", completa.

A chave para combater isso é ter uma efetiva política de segurança e apostar em inteligência, ou seja, não basta apreender os fuzis sem saber de onde eles vieram.

Robson Rodrigues, que também é especialista em segurança, defende mais investimento em vigilância.

“Um dos fatores é melhorar essa abordagem, é melhorar no sentido de qualidade dessas apreensões. Não só verificar essas quantidades, é preciso entender que há uma diferença entre uma apreensão antes que o fuzil chegue nas mãos dos criminosos, e é investir no controle maior, numa vigilância melhor para impedir esse crime se conclua, o crime do tráfico de armas.”

Fonte: g1