Publicado em 08/11/2023 às 18:53,

Dois dias antes de operação da PF, entidades judaicas no Brasil receberam ameaças de ataques

Ameaças têm como pano de fundo o conflito entre Israel e Hamas; texto fala da situação na Faixa de Gaza

Redação, CNN
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Divulgação

Ao menos 10 entidades judaicas no Brasil receberam um e-mail com ameaças de ataques. A mensagem, à qual a CNN teve acesso, foi disparada na última segunda-feira (6).

A CNN apurou que o e-mail não está no bojo da operação da Polícia Federal desta quarta-feira (8), cujos alvos foram terroristas ligados ao Hezbollah, grupo extremista islâmico xiita que atua no Líbano e recebe financiamento do Irã, que planejavam ataques no país.

Entretanto, a descoberta de que estavam em andamento atos preparatórios para ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil, somada ao conteúdo da mensagem, deixou a comunidade israelita assustada, segundo relatos.

Vídeo — Hezbollah: saiba o que é o grupo libanês apoiado pelo Irã

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Entre os destinatários da mensagem disparada na segunda estão sinagogas de todo o país. As ameaças têm como pano de fundo o conflito entre Israel e Hamas. O texto fala da situação na Faixa de Gaza.

No e-mail, os autores da ameaça afirmam que “chegou a hora de vingança contra os sionistas” e que “não haverá lugar seguro no Brasil” para os defensores de Israel.

A Polícia Federal prendeu duas pessoas suspeitas de ligação com o Hezbollah no Brasil e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Minas Gerais.

Um dos presos em São Paulo foi detido ao desembarcar de uma viagem ao Líbano. Segundo a PF, a operação, batizada de “Trapiche”, também tem como objetivo obter provas de um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas.

Em nota, a PF afirmou que recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de “constituir ou integrar organização terrorista” e de “realizar atos preparatórios de terrorismo”.

Se somadas, as penas máximas para tais crimes podem chegar a 15 anos e seis meses de prisão.

Fonte: CNN