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Lula evita comentar sobre grupo de mercenários que traiu Putin na guerra na Ucrânia

Presidente brasileiro concedeu entrevista coletiva em Paris, na França, neste sábado (24). Grupo Wagner era aliado do presidente russo, Vladimir Putin, e contribuiu para a conquistas de territórios da Ucrânia.

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Lula em Paris, França — Foto: Lewis Joly/Pool via REUTERS

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, evitou comentar neste sábado (24) sobre a rebelião de membros do Grupo Wagner na guerra da Ucrânia.

O grupo Wagner era aliado do presidente Russo, Vladimir Putin, e contribuiu para a conquistas de territórios da Ucrânia. No entanto, na noite desta sexta-feira (23), sábado no horário local, o chefe do grupo de mercenários, Yevgeny Prigozhin, afirmou que pretende depor o comando militar da Rússia e tomar o controle de instalações militares de duas cidades russas. Putin enxergou a ação como uma 'facada nas costas'.

Questionado sobre o tema em uma coletiva de imprensa neste sábado (24), em Paris, na França, Lula disse que não tinha as informações necessárias para comentar a rebelião e que talvez tratasse do tema quando retornasse ao Brasil.

         "Não, eu não posso falar. Lamentavelmente eu não posso falar porque eu não tenho as informações            necessárias para te falar. Eu, quando chegar ao Brasil, que eu me informar de tudo o que                            aconteceu ontem, que tiver várias informações, aí eu posso te falar, mas agora seria chutar, sabe,              de forma precipitada uma informação que eu não tenho. Eu ouvi dizer, mas não tenho informação e            eu pretendo não falar de uma coisa tão sensível sem ter as informações necessárias", afirmou.

Lula disse ainda que não sabia "o tamanho da rebelião" e que iria conversar com "muita gente" a respeito do tema.

          "Eu não sei o tamanho da rebelião. Eu só estou te pedindo o seguinte: quem sabe quando eu                        voltar para o Brasil, no dia seguinte eu já tenha todas as informações possíveis porque eu vou                    conversar com muita gente a respeito 'dessa chamada rebelião", afirmou.

O presidente também foi questionado a respeito da repercussão internacional sobre seus posicionamentos em relação a Guerra da Ucrânia.

Em abril, Lula afirmou que a Europa e os Estados Unidos prolongavam o conflito. Após receber críticas do governo americano e ucraniano, o presidente brasileiro condenou 'violação da integridade territorial' da Ucrânia.

Recentemente, Lula tem tentando exercer um papel de mediador entre Rússia e Ucrânia, e já afirmou que quer apresentar uma proposta de diálogo para a paz. Neste sábado, o presidente reforçou que é "contra a guerra" e quer a paz.

"O meu pensamento é simples: eu sou contra a guerra. Eu quero paz. É isso. Nós condenamos a invasão da Rússia ao território da Ucrânia. Isso já está declarado e votado na ONU. Mas isso não implica que eu vou ficar fomentando a guerra. Eu quero criar condições para que os dois países se sentem. Por enquanto, eles não querem se sentar porque cada um está achando que vai ganhar, mas em algum algum momento eles vão sentar. E vão precisar de interlocutores com muita responsabilidade para tentar negociar. E o Brasil está participando", afirmou o presidente.

Lula embarcou para o Brasil neste sábado (24) após cumprir agendas na Itália e na França. Entre as autoridades que o mandatário brasileiro se reuniu nos últimos dias, estão o Papa Francisco e o presidente da França, Emmanuel Macron.

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