Um tsunami meteorológico atingiu o município de Laguna, em Santa Catarina na tarde deste sábado (11), causando prejuízo e assustando os moradores que aproveitavam o dia de calor na beira da praia. Até o momento, não há registros de feridos.
O fenômeno, também chamado de meteotsunami, acompanhou uma frente de rajada com temporais que avançou do nordeste e do leste do Rio Grande do Sul para o sul de Santa Catarina com chuva e temporais de vento depois de horas de intenso calor na região, informou o MetSul Meteorologia.
O instituto informou ainda que as ondas avançaram rapidamente porque as águas do mar estavam relativamente calmas.
A frente de rajada estava tanto sobre o mar como o continente, gerando o vento forte a intenso com brusca variação de pressão atmosférica, o que acabou por se refletir nas condições do mar na praia catarinense, apontou a leitura meteorológica.
O tsunami teria sido provocado pelo avanço de intensas áreas de instabilidade junto a uma frente de rajada com chuva e vento forte pelo sul do estado do meio para o final da tarde deste sábado, provocando vento muito forte em Laguna.
As rajadas de vento na hora do temporal chegaram a 73 km/h no Farol de Santa Marta, mas, em mar aberto, na costa devem ter sido mais fortes para gerar as ondas do fenômeno, diz o MetSul.
O que é um meteotsunami
Os meteotsunamis não são originados em terremotos, mas em fenômenos meteorológicos.
Meteotsunamis são ondas grandes que os cientistas estão começando a compreender melhor.
Ao contrário dos tsunamis desencadeados por atividades sísmicas, os meteotsunamis são provocados por perturbações da pressão atmosférica, frequentemente associadas a eventos meteorológicos rápidos, como tempestades severas, frentes de rajadas e outras frentes de tempestade.
De acordo com a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, a tempestade gera uma onda que se move em direção à costa e é amplificada por uma plataforma continental rasa e uma entrada, baía ou outra característica costeira.
Estes tsunamis meteorológicos podem gerar ondas de até dois metros ou mais.
O fenômeno já foi documentado em muitos lugares ao redor do mundo, como os Grandes Lagos, o Golfo do México, a Costa Atlântica dos Estados Unidos e os Mares Mediterrâneo e Adriático.
Há precedentes de meteotsunamis tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina nos últimos anos.
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