Publicado em 27/12/2023 às 17:19,
Mercado segue bom humor global enquanto aguarda por anúncio de medidas econômicas no Brasil nesta semana
O Ibovespa voltou a quebrar recorde de alta e fechou pela primeira vez na história acima dos 134 mil pontos nesta quarta-feira (27), impulsionada pelo bom humor em Wall Street e queda dos títulos públicos dos EUA, os Treasuries.
O dólar seguiu o mesmo caminho e também fechou em alta ante o real, com investidores à espera de novas medidas econômicas do governo Lula, em um dia em que a moeda norte-americana se manteve em queda ante a maior parte das demais divisas no exterior.
O principal índice do mercado doméstico fechou a sessão com valorização de 0,49%, aos 134.193 pontos. É o segundo dia seguido que o Ibovespa quebra recorde de alta. Na véspera, o pregão subiu 0,59%, a 133.532 pontos.
Os ganhos do dia foram sustentados pelas ações da Vale (VALE3), com alta de 0,97% seguindo a valorização do minério de ferro na China, e do Itaú (ITUB4), com valorização de 0,68%.
Encerrando uma sequência de três dias de queda ante o real, o dólar fechou a sessão com alta de 0,21%, cotado a R$ 4,832 na venda. Em dezembro, a moeda norte-americana acumula queda de 1,68%.
O volume das últimas sessões vem ficando abaixo da média do mês, uma vez que muitos agentes financeiros já não estão trabalhando em função dos feriados de fim de ano.
Sem grandes catalisadores, os investidores aguardavam a divulgação nesta semana de medidas econômicas pelo Ministério Fazenda, incluindo uma alternativa ao veto à renovação da desoneração da folha de pagamentos das empresas.
O ministro Fernando Haddad falará com a imprensa na quinta-feira (28), segundo a pasta.
Hoje, o Tesouro informou que a Dívida Pública Federal subiu 2,48% e fecha novembro em R$ 6,32 trilhão. Segundo o secretário Rogério Ceron, o governo central deve fechar 2023 com déficit primário acumulado em 12 meses de aproximadamente R$ 125 bilhões.
De acordo com Ceron, esse déficit acumulado do ano, se confirmado, ficará em cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar que ficou mais alto por conta do impacto da aprovação de uma lei que ampliou repasses do governo federal a Estados e municípios neste ano.
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