Grave o nome de Cauã Henrique Linhares, de 7 anos, mais conhecido como Cauãzinho. Com pouca idade, mas com habilidade de sobra, ele e a família estão de malas prontas para se mudarem para Santos, no litoral de São Paulo. O destino será o time da Vila Belmiro. Campo-grandense de nascimento, o menino esbanja alegria com a bola no pé.
Nas últimas semanas, sua rede social, administrada pelo pai, Paulo Cesar Linhares Tomaz, ganhou notoriedade. Com isso, chamou a atenção de grandes clubes de futebol do Brasil como Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Corinthians. Mas foi com a proposta do Santos que a família acertou a mudança de cidade.
Recentemente, ele viajou a São Paulo e fez avaliações no Santos e Corinthians. Em ambos foi aprovado, mas a escolha foi pelo alvinegro praiano, berço do rei Pelé e de Neymar (maiores artilheiros da história da Seleção Brasileira). A história do menino no futebol começou há dois anos, quando ele tinha apenas cinco de idade. Na Capital, ele já atuou pela equipe do Augusto Sports/Colégio Impacto.
O pai, que é pintor, detalhou o começo da trajetória do filho. "O pessoal falava que o menino era diferenciado. Aí eu fui atrás de uma escolinha de futebol. No primeiro dia dele, o professor olhou e falou que o Cauã não poderia jogar lá porque era para iniciantes e ele já estava avançado".
Durante a entrevista com Paulo, o menino não parava de brincar na quadra de futebol society da Arena Condá. Ao lado dele, estava o irmão e companheiro para todos os momentos, Caio César, de 13 anos. Muito competitivo e finalizando bem com as duas pernas, Cauã já apresenta uma grande personalidade, sempre atrás do drible e da finalização.
O pai, ainda incrédulo com a oportunidade de realizar o sonho do filho e dele, detalhou que a rede social foi feita para ter um acervo dos lances do menino. "Já teve o comentário do Falcão, do Aluísio Chulapa, Zé Roberto, Emerson Sheik. Aí que comecei a fazer gravações mais frequentes".
A ida para Santos está marcada para o mês de janeiro e os treinos com o time da Vila Belmiro começarão em fevereiro. Sobre o sentimento, Paulo ainda não sabe descrever bem. "A gratidão é a Deus, porque era um sonho meu e realizar com meu filho é melhor ainda".
De família simples, Paulo conta que seu pai não teve a oportunidade de levar adiante a vontade dele de jogar futebol. Agora com o pequeno Cauã, ele fez de tudo e está colhendo os frutos.
Dentre as histórias inusitadas contadas por Paulo, uma delas é que o Cauã literalmente dorme e acorda com uma bola de futebol. "De noite, ele coloca a bola do lado, dá um beijinho nela e dorme. Quando acorda, continua com ela no pé".
- CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Outra anedota é que o pai reparou que os sabonetes da casa estavam acabando muito rápido. Um dia, entrou no banheiro e viu Cauã brincando de 'jogar bola' com o sabonete.
"Eu gosto de driblar e fazer gol. Eu gosto muito Neymar e do Messi. Eu fiz gol lá no teste". Quando ele pegar a bola a primeira vez com a camisa do Santos, o menino disse que quer "driblar e tocar".
Sobre a pressão psicológica e acompanhamento médico, o pai afirmou que o menino leva tudo na alegria e como uma brincadeira. "Ele não tem a noção do que está acontecendo, só está brincando. Eu fico mais admirado. Esse dias conheci o Falcão do futsal e o Cauã nem deu bola, eu fiquei todo nervoso".
fone: CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS