Corumbá, Ponta Porã, Dourados e Campo Grande são alguns dos municípios de Mato Grosso do Sul que amanheceram encobertos por uma névoa espessa de fumaça nesta sexta-feira (17), causada pelos incêndios no Pantanal. Veja o vídeo acima.
De acordo com o professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Hamilton Pavão, a fumaça está se deslocando para o sul do estado.
"Essa fumaça já está sobre o estado, esse é um acontecimento normal, ela é transportada pelas correntes de ar e enquanto os focos não forem combatidos, essa fumaça vai continuar se espalhando, dificultando a visibilidade cada vez mais e diminuindo a qualidade do ar", explicou o especialista.
Na fronteira do Brasil com o Paraguai, moradores de Ponta Porã acordaram assustados com o horizonte. Com a falta de visibilidade, o serviço do aeroporto do município pode ser afetado nesta sexta-feira (17), como aconteceu ontem, quando um voo que partia de Campinas e tinha previsão para pousar em Ponta Porã, foi desviado para Campo Grande.
Outro voo que saia de Ponta Porã para o interior de São Paulo foi cancelado. Além disso, motoristas estão sendo orientados a dirigir com atenção redobrada.
A névoa também atingiu a cidade de Dourados, a cerca de 570 km de Corumbá, município em que foram registrados 154 focos de incêndio.
De acordo com moradores da região, a fumaça é constante e o cheiro é forte e gera uma dificuldade para respirar. Bem como em Campo Grande, capital do estado onde a qualidade do ar passou de boa para moderada.
Pantanal em chamas
O Corpo de Bombeiros informou que uma força-tarefa trabalha para controlar grandes incêndios no bioma Pantanal. Em dez dias, 84 mil hectares foram queimados no Pantanal somente em Corumbá - maior área pantaneira atingida por incêndios em Mato Grosso do Sul.
Até novembro deste ano, 947.025 hectares do bioma que se espalha por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso já foram consumidos pelas chamas. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).
Fonte: g1