O padre Jucelâncio José do Nascimento, de 41 anos, foi preso por oferecer R$ 2 mil para ter relações sexuais com um adolescente, de 16 anos, em Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira (8). Em nota, a Arquidiocese da capital afirma apurar o caso internamente. O caso é apurado pela Polícia Civil como "importunação sexual".
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, o pai da vítima descobriu o crime após o filho sair de casa escondido para ir à casa do padre. À polícia, o menor disse que ligou para o pai após o padre passar as mãos nas partes íntimas dele.
Assim que recebeu a ligação, o pai da vítima acionou a Polícia Militar, que foi até a casa do padre. No local, os militares encontraram o menor e o padre. Em depoimento, o suspeito disse que o garoto tinha ido a residência dele para tratar de um acampamento, detalha o Boletim de Ocorrência.
Já o adolescente afirmou ter ido ao local após o padre oferecer R$ 2 mil para ter relação sexual com ele. À polícia, o adolescente mostrou prints de conversas em aplicativo de mensagens que provam a versão relatada por ele.
O caso foi registrado como "importunação sexual" Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol e será investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).
Jucelâncio José do Nascimento também vai ser alvo de investigação dentro da igreja católica. Em nota, a Arquidiocese de Campo Grande informou que o caso está com o Tribunal Eclesiástico e com a Comissão de Proteção de Vulneráveis da Província Eclesiástica da capital.
O padre já foi afastado das funções ministeriais. Ainda conforme a Arquidiocese, um novo pároco será nomeado para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, que era administrada pelo suspeito preso.
Leia abaixo a nota na íntegra da Arquidiocese da capital:
"Considerando que a Arquidiocese de Campo Grande teve ciência de graves denúncias contra o Pe. Jucelâncio José do Nascimento, até o presente momento Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, em cumprimento às normativas do Direito Canônico, bem como às promulgadas pelo Papa Francisco e pela Sé Apostólica sobre a proteção de vulneráveis, determinei o afastamento ad cautelam do referido sacerdote de suas funções ministeriais, para que a autoridade policial, o Tribunal Eclesiástico e a Comissão de Proteção de Vulneráveis da Província Eclesiástica de Campo Grande conduzam com diligência as devidas investigações acerca dos fatos denunciados. Durante este período de afastamento e no aguardo dos resultados das investigações, será nomeado um Administrador Paroquial para a já mencionada Paróquia. Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo Metropolitano de Campo Grande – MS".
Fonte: g1