A Polícia Militar passa a reforçar a segurança da sede do Procon-MS, em Campo Grande. A medida foi tomada cinco meses após o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, morrer baleado durante uma audiência de negociação por dívida de R$ 630.
Os policiais militares vão permanecer no local durante todo o período de atendimento da unidade, das 7h às 19h. A permanência no local vem após a ampliação de ações que já haviam sido implementadas desde abril com a realização de rondas semanais.
A presença dos profissionais integra um protocolo firmado junto a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A presença é constatada relatório de segurança entregue pelo Procon/MS em maio. À época, o órgão apresentou um diagnóstico de ajustes as necessidades de tratamento de riscos da instituição.
Para a secretária-executiva do Procon/MS, Nilza Yamasaki, a medida reflete compromisso em se assegurar atendimento de qualidade e seguro aos consumidores, fornecedores e servidores. “Temos ainda previsto para os próximos dias a finalização do processo de cessão e instalação de aparelho pórtico detector de metais, em cooperação com a Penitenciária Federal de Campo Grande”, destaca Nilza.
Relembre o caso
Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto com três tiros na cabeça pelo Policial Militar aposentado, José Roberto de Souza, durante uma audiência de negociação por dívida de R$ 630, na sede do Procon/MS, em Campo Grande, em 13 de fevereiro de 2023.
O policial aposentado deixou o local logo após cometer o crime, que ocorreu na sala onde são feitas conciliações entre clientes e fornecedores.
Segundo as investigações, Antônio foi morto com três tiros na cabeça. Após os disparos, José Roberto fugiu do local. Momentos depois, o policial reformado foi flagrado pelas câmeras de segurança de um prédio andando tranquilamente por uma calçada.
Antônio foi velado um dia após o atentado, no Procon-MS. Em entrevista, a filha de Antônio, Juliana Caetano, lamentou a morte do pai e pediu por justiça.
"Os piores dias da minha vida. Ele entrou andando e saiu morto. É um lugar que as pessoas podem esquentar a cabeça, mas pensamos que existe segurança. Ele morreu dentro de um Órgão Público, você não acha que isso vai acontecer", disse a filha da vítima.
José Roberto de Souza, de 53 anos, se apresentou à Polícia Civil três dias após matar o empresário.
Autodefesa e racismo são algumas das alegações apresentadas pela defesa do policial militar aposentado José Roberto de Souza, de 53 anos, para tentar justificar o assassinato de Antônio Caetano de Carvalho.
(ex: g1)