Um grupo com 20 bombeiros de Santa Catarina chegou a Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (30), para atuar contra os incêndios que consomem o Pantanal. Os militares foram recepcionados em Campo Grande e, logo em seguida, encaminhados para atuação em Aquidauana, cidade que é a porta de entrada do bioma no estado.
Os militares da região Sul receberam instruções para atuação contra o fogo na base de operações do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul (CBMMS), na capital. Depois de receberem as informações, a equipe seguiu rumo ao Pantanal.
"Chegamos hoje, recebemos a missão e vamos para Aquidauana. São 20 militares e 6 viaturas empenhados todos na missão", comentou o capitão Bianchi, representante do grupo catarinense que deve ficar por 15 dias em Mato Grosso do Sul.
Bombeiros do Distrito Federal, Rio Grande do Sul e de outros estados brasileiros já realizaram o trabalho de cooperação com Mato Grosso do Sul desde junho deste ano. Todos os militares de outros estados que foram ao Pantanal são especializados em combate a incêndios florestais.
Fogo no Pantanal
O fogo consome o Pantanal há mais de três meses. Mais 2,5 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Para se ter uma dimensão, a área completamente destruída representa 16% de todo o território pantaneiro no Brasil.
Em Porto Murtinho, a Terra Indígena Kadiwéu, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, arde em chamas. Mais de 68% do território ancestral foi consumida pelo fogo neste ano no local. Brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) atuam dia e noite para conter os incêndios.
Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), o fogo já destruiu cerca de 368 mil hectares da TI Kadiwéu. Nas últimas 48 horas, 180 focos de calor foram registrados em todo Mato Grosso do Sul.
🔥📈Na soma de todas as Terras Indígenas presentes no Pantanal, 371 mil hectares foram consumidos pelo fogo. A maior parte devastada foi na TI Kadiwéu, cerca de 98% do total afetado pelas chamas.
Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), mais de 950 profissionais atuam no combate aos incêndios. Aeronaves, embarcações e veículos pesados também dão apoio à "Operação Pantanal".
Fonte: g1