Publicado em 09/01/2024 às 14:12,
Tiros e gritos foram ouvidos; funcionários foram rendidos
Uma transmissão ao vivo da emissora de televisão equatoriana TC foi interrompida nesta terça-feira (9) por pessoas encapuzadas e armadas, que obrigaram os funcionários a se deitarem no chão. Foi possível ouvir tiros e gritos.
Algumas das pessoas encapuzadas foram vistas posteriormente na transmissão deixando um palco com alguns funcionários.
O incidente ocorre em meio aos sequestros de ao menos sete policiais e uma série de explosões, um dia depois que o presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência após o criminoso mais procurado do país ter desaparecido.
Uma transmissão ao vivo, que acabou sendo cortada, mostrava funcionários reunidos no chão dos estúdios da TC em Guayaquil, enquanto pessoas armadas gesticulavam para a câmera. Alguém na transmissão ao vivo pôde ser ouvido gritando “sem polícia”.
A Polícia Nacional afirmou nas redes sociais que as suas unidades especializadas foram destacadas para o local para atender a emergência.
O Ministério do Interior informou à CNN que alertou as unidades de segurança em Guayaquil e Quito, cidades onde a TC Television tem sedes.
Estado de emergência
O presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência por 60 dias, uma medida usada por seu antecessor, mas que não foi muito eficaz, na segunda-feira, permitindo patrulhas militares, inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.
Noboa, filho de um dos homens mais ricos do país, assumiu o cargo em novembro prometendo conter uma onda de violência relacionada com o tráfico de drogas nas ruas e nas prisões que tem vindo a crescer há anos.
A medida foi uma resposta à aparente fuga de Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos, e a outros incidentes prisionais recentes, incluindo a tomada de guardas como reféns.
fonte: CNN