Publicado em 14/11/2023 às 18:34,
Apurações apontam para mercenários contratados para fazer ações operacionais como levantamento de locais e de pessoas, compras de armas e explosivos e cuidar da parte logística dos atentados
Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que os suspeitos que vinham sendo recrutados no Brasil para atuar para o Hezbollah são os chamados “terroristas por procuração”.
Segundo fontes do setor de inteligência da PF, o perfil dos investigados não são de terroristas no conceito clássico daqueles que se suicidam por uma causa religiosa, nem têm vínculo com o extremismo islâmico.
As apurações apontam para mercenários contratados para fazer ações operacionais como levantamento de locais e de pessoas, compras de armas e explosivos e cuidar da parte logística dos atentados.
Vídeo — Suspeito de ligação com Hezbollah diz que ia tocar pagode no Líbano
O Hezbollah tem utilizado contatos nacionais ligados à comunidade libanesa para recrutar operadores entre aqueles com antecedentes criminais violentos e ligações com o tráfico de drogas.
O suspeito preso no Rio de Janeiro, por exemplo, tinha passagem na polícia por tráfico e furto qualificado.
Essa prática, que tem sido chamada também de “terroristas por aproximação”, teria começado depois dos ataques das Torres Gêmeas em 2001, quando os órgãos de inteligência em todo o mundo redobraram a vigilância em relação a fanáticos religiosos.
Daí surgem as versões inverosímeis dadas nos depoimentos dos suspeitos que, durante viagens a Beirute e encontros com chefes do Hezbollah, alegam terem se negado a cometer crimes ou que estavam sendo chamados até para show de pagode.
A PF está ignorando o teor dos depoimentos e segue na investigação.