Publicado em 16/08/2023 às 19:15,
Uma das revendas tinha como foco veículos de luxo, a maioria caminhonetes como RAM e Hilux
Durante a Operação Collector, da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (16) em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande, duas revendas de carros foram alvos e tiveram todos os veículos, desde Fiat Uno a caminhonetes Hilux, Toyota e Honda apreendidos e levados para a Polícia Federal da cidade.
Ao todo, foram 80 veículos apreendidos pela PF, em uma das revendas focada mais em carros de luxo e na outra com carros populares. Não houve prisões até o momento. As empresas ficam uma na Avenida Campo Grande, e a outra, que seria do cunhado do proprietário da primeira loja alvo, na Avenida Amélia Fukuda.
As lojas eram usadas para lavar o dinheiro da quadrilha especializada no contrabando de cigarros e que movimentou R$ 200 milhões com o crime.
Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens. Ainda durante a operação foram apreendidos dólares, joias e grande quantidade de dinheiro em espécie. A organização criminosa alvo da PF fazia a lavagem de dinheiro do contrabando de cigarros na região do Cone Sul do Estado.
Apreensão de joias e dólares
Vários anéis e pulseiras foram apreendidos em uma das casas dos alvos da operação, assim como dois veículos. Cadernetas da organização criminosa também foram apreendidas, além de quatro celulares. Ainda não há informações do montante apreendido.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, 21 ordens de sequestro e a suspensão de atividade de seis empresas, nas cidades de Naviraí, Caarapó, Itaquiraí e Mundo Novo. Segundo a PF, durante a investigação, foi comprovado que a organização contratava grupo criminoso especializado na cobrança de dívidas do crime.
O grupo efetuava as cobranças em diversos estados do país e, após o recebimento do pagamento por dação em pagamento - entrega de veículo, imóveis -, outro grupo criminoso, que tinha empresários, assumia a autoria com a liquidação dos bens, normalmente com a compra e venda de veículos.
Para operacionalizar todo o esquema, eram feitos atos de lavagem de capitais. Estima-se que a movimentação bancária do grupo tenha ultrapassado R$ 200 milhões em cinco anos. (Colaborou Tá Na Mídia Naviraí)