Publicado em 17/01/2024 às 11:54,
TJRJ não confirma se vai liberar Giovanni Quintella Bezerra para curso, que é presencial
Com o registro para exercer a medicina cassado de forma definitiva, o ex-anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por estuprar pelo menos uma gestante durante o parto em um hospital público do Rio de Janeiro, prestou vestibular e foi aprovado no curso de Turismo da Universidade Estadual do Rio (Uerj).
O nome do ex-médico consta na lista dos aprovados para a instituição de ensino.
À CNN, a Uerj lembrou, no entanto, que a classificação não garante a inscrição no curso. De acordo com a universidade, a pré-matricula só acontecerá entre os dias 22 e 24 de janeiro.
A aprovação também foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio. Ainda de acordo com a Seap, em 2023, 2253 custodiados se inscreveram para o Enem e 1214 para a prova da Uerj, entre eles, o ex-médico.
A oferta de provas para acesso ao ensino superior faz parte da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. “A secretaria esclarece, no entanto, que não cabe à Seap determinar quais aprovados poderão cursar as aulas, ficando a cargo da Justiça essa decisão”, disse em nota.
A CNN procurou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para saber se o detento poderia ter acesso a um alvará de soltura ou progressão de regime a fim de estudar, uma vez que o curso é presencial. No entanto, o TJRJ disse apenas que, como o processo tramita em sigilo, não poderia passar mais informações.
Relembre o caso
O agora ex-médico foi denunciado por estuprar uma mulher durante o parto no centro cirúrgico do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu no dia 10 de julho de 2022.
O flagrante foi feito pelo celular de uma das profissionais de enfermagem que acompanhavam a cesariana. Nas imagens é possível ver o momento em que o anestesista abusa de uma paciente durante o parto.
Quintella, que está no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio, responde por estupro de vulnerável. Ele foi proibido de exercer qualquer atividade relacionada à medicina em todo o território brasileiro, depois de ter o registro profissional cassado em uma sessão do Conselho Federal de Medicina (CFM) em caráter definitivo, em dezembro do ano passado.
Fonte: CNN