Publicado em 05/09/2025 às 11:25,
Decisão é da 3ª Vara Criminal de Dourados (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)
Um pastor de 53 anos foi condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto, em Dourados (MS), por violação sexual mediante fraude e importunação sexual contra fiéis da igreja onde atuava. Ele alegava promover “cura espiritual” para justificar os abusos.
O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (3) pela 3ª Vara Criminal da comarca, com base em investigações conduzidas pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) desde agosto de 2024.
O esquema de manipulação
De acordo com a investigação, o pastor se aproveitava da posição de líder religioso para abusar de fiéis, muitas vezes em momentos de oração e em locais isolados. Ele convencia as vítimas de que os atos seriam uma forma de “troca de energia vital” para alcançar a cura espiritual e as ameaçava com um “grande castigo de Deus” caso se recusassem ou denunciassem.
Quatro casos reconhecidos pela Justiça
O juiz Pedro Henrique Freitas de Paula, responsável pela sentença, reconheceu quatro vítimas.
Violação sexual mediante fraude: no caso mais grave, o pastor convenceu uma fiel, que desejava engravidar, a manter relações sexuais, alegando que seria parte do processo de cura. A pena foi fixada em 2 anos e 8 meses de reclusão.
Importunação sexual: além disso, ele foi condenado em três casos, cada um com pena de 1 ano e 4 meses. Entre os episódios, estão investidas durante orações, tentativas de tirar a blusa de uma vítima, beijos forçados e toques em partes íntimas.
As penas foram somadas pelo critério de concurso material de crimes (art. 69 do Código Penal), totalizando 6 anos e 8 meses.
Regime de cumprimento
Apesar da gravidade, o juiz determinou o início da pena em regime semiaberto.