Publicado em 27/06/2024 às 13:13,

Diante de crise hídrica histórica, concessionária faz alerta e pede uso consciente de água em MS

A concessionária atende 68 municípios do estado e informou que a preocupação atual é com os rios que estão com níveis abaixo do ideal.

Redação, g1
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Divulgação

Em meio a uma crise hídrica sem precedentes no estado, a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), fez um alerta as autoridades públicas e a população sobre a necessidade de adotar medidas urgentes quanto ao consumo consciente de água na região do Pantanal.

A concessionária atende 68 municípios do estado e informou que a preocupação atual é com os rios que estão com níveis abaixo do ideal. São eles: Miranda, Aquidauana, Taquarussu e Paraguai, rios que abastecem os municípios de Miranda, Ladário, Corumbá, Aquidauana e Anastácio.

A empresa confirma que ligou um sinal de alerta com relação ao abastecimento de aproximadamente 180 mil clientes ativos nessas cidades, pois, conforme aponta o monitoramento, os rios estão perdendo nível a cada dia.

Estado de emergência

De acordo com a meteorologia, os registros apresentados em Mato Grosso do Sul já identificam o período como sendo um dos mais secos e prolongados dos últimos anos, principalmente na região do Pantanal, onde os incêndios já consumiram mais de 660 mil hectares, levando o governador Eduardo Riedel a decretar estado de emergência.

Conforme uma nota técnica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), divulgada na segunda-feira (24), desde o final de 2023 e início de 2024, a região apresenta o maior índice de "raridade de seca" já registrado desde 1951, ultrapassando o ano de 2020 que até o momento era considerado o primeiro do ranking de secas, considerando a umidade do solo na região.

De acordo com a nota técnica, a situação crítica pode se agravar, pois a temperatura do ar próximo à superfície está prevista para ultrapassar 2°C acima da média, e há uma probabilidade de 60% a 70% de que as chuvas permaneçam abaixo da média histórica.

Fonte: g1