Publicado em 01/11/2023 às 12:18,

Malha viária, reforma tributária, UFN3 e pacote de obras: confira entrevista com o governador de MS

Eduardo Riedel foi entrevistado do Papo das 7 nesta quarta-feira (1º)

Redação, g1
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Divulgação

Em entrevista ao Papo das 7, no Bom Dia MS desta quarta-feira (1º), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) falou sobre a ampliação da malha viária, os impactos da reforma tributária para o estado e a expectativa de conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas. Assista a entrevista acima.

Riedel destacou que Mato Grosso do Sul vive um dos momentos de maior crescimento econômico, na produção agrícola e industrial, que impulsiona a geração de emprego e renda para a população. Veja os principais pontos da entrevista abaixo.

Reforma Tributária

Durante a entrevista, Riedel falou sobre a preocupação com a PEC que tramita no Congresso Nacional sobre as regras para distribuição de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR). “A curto prazo, não afetaria em nada que isso tem um período longo de transição de mais ou menos dez anos. A preocupação hoje é o critério de distribuição do fundo segue esse FPE (Fundo de Participação dos Estados), Mato Grosso do Sul hoje já é o último em repasses. 

Por isso que, ao adotar o fundo, nós já continuamos em último, por isso que ao adotar o critério em penúltimo. A ideia é mudar isso na CCJ do Senado, inclusive vou na segunda para Brasília tendo essa discussão para a gente ter uma mudança de critério que não prejudique tanto o estado nesse quesito de fundo de desenvolvimento”, afirmou.

“Todos os estados perdedores têm suas propostas. A nossa é que a gente pegue 20% desse pouco tributário e divida igualmente com os estados, aí os outros 80 você faz a regra 70/30, inserindo uma nova variável de 20%. Só essa mudança já nos coloca 300 milhões de reais e não prejudica o conjunto dos outros estados. Mato Grosso do Sul continuaria em penúltimo de recursos, mas receberia R$ 300 milhões a mais”, completou.

Malha viária

O governador pontuou sobre as necessidades de melhorias em rodovias como a MS-134, que sai da BR-267 e liga a BR-262. Além da que sai de Terenos a vai até Dois Irmãos, a MS-355, que é continuidade da MS-352 – da Ponte do Grego.

“A gente não pode olhar o estado com rodovias isoladas, temos que pensar no conjunto infraestrutura e logística. São eixos importantes e tantas outras. No norte a MS-316, tão pedida para aquele desenvolvimento que sai depois de Chapadão, Costa Rica, desce para Inocência. Ali vai se instalar a Arauco, é uma estrada importantíssima para garantir a competitividade dessas empresas e os produtores que estão ali”.

Riedel destacou que outro trecho que tem a atenção do governo é o da BR-163. Segundo ele, a concessão deve ser repactuada garantindo 65 quilômetros de duplicação e outros 65 quilômetros de terceira via. “A gente tem tratado isso muito de perto, pelo interesse absoluto do estado. Então eu acredito que até o fim de janeiro, início de fevereiro, a gente possa ter assinado o contrato, e imediatamente as obras começam. A concessionária está mobilizada para tal, ela só precisa dessa segurança jurídica dentro dessa inovação contratual, que ajuda muito o Mato Grosso do Sul. Nós queremos a obra, investimento, duplicação, terceira faixa, transformar. Então é muito importante que a gente tenha essa repactuação”.

UFN3

Outro assunto da entrevista foi as obras paradas da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas. O governador celebrou que na próxima quarta-feira (8), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, vêm a Mato Grosso do Sul para uma visita à indústria que está com as obras paradas desde 2014.

“Está tudo muito bem encaminhado, mas é uma decisão que a Petrobras tem que tomar ainda esse mês. Já tivemos diversas discussões e, em uma primeira conquista, a Petrobras voltou para o setor de gás e fertilizantes. US$ 750 milhões esse é o valor necessário para a conclusão da obra. Até o final do ano, a Petrobras bate o martelo. Essa visita é extremamente importante para que as coisas tendem a caminhar”, disse o governador.

Pacote de obras

No dia 23 de outubro, Riedel se reuniu com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloísio Mercadante. Entre os assuntos discutidos esteve o empréstimo de R$ 2,3 bilhões para um pacote de obras em infraestrutura em Mato Grosso do Sul e a criação de um fundo de investimentos no Pantanal.

“Devemos assinar ainda este ano, o contrato com o BNDES, de R$ 2,3 bilhões. Já tem toda a encomenda dos projetos sendo definida, e são estradas extremamente importantes para a atividade do desenvolvimento do Estado. Elas pegam todas as regiões, e é praticamente pavimentação de rodovia. Mato Grosso do Sul tem 8 mil quilômetros de estradas ainda não pavimentadas e que precisam de investimento e nós vamos buscar isso, com recursos próprios e com estes recursos de financiamento”, disse Riedel.

Fonte: g1