Publicado em 02/09/2023 às 09:03,

Membro de grupo criminoso de MS morre ao trocar tiros com a polícia

Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito estava tentando fugir da abordagem policial quando efetuou diversos disparos contra as autoridades.

Redação, g1
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Divulgação: Membro de grupo criminoso de MS morre ao trocar tiros com a polícia — Foto: Divulgação

Cícero Cariaga de Souza, de 26 anos, morreu na madrugada deste sábado (2) ao trocar tiros com a polícia, em Ribas do Rio Pardo, a 102 km de Campo Grande. Família alega que morte foi premeditada pela equipe policial.

De acordo com o boletim de ocorrência, as autoridades faziam ronda pelo bairro São João, quando viram Cícero sentado em sua moto, embaixo de uma árvore com uma arma de fogo nas mãos. Durante a abordagem, o jovem teria tentado fugir.

Ainda conforme o registro, na fuga o homem caiu e atirou contra os policias. Durante a troca e tiros, Cícero foi atingido e levado ao Hospital Municipal de Ribas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo em seguida.

Segundo a polícia, o homem possui extensa ficha criminal por homicídio, tráfico de drogas, roubo, entre outros crimes e fazia parte de uma organização criminosa. O caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição policial.

Família nega confronto

Familiares de Cícero entraram em contato com o g1 e disseram que o jovem estava sendo ameaçado constantemente pelos policiais e que não ocorreu de fato um confronto, mas sim um assassinato premeditado. Confira a nota na íntegra:

"Não houve confronto com a polícia, tampouco, Cícero Cariaga de Souza, possuía arma de fogo, o que realmente aconteceu foi assassinato premeditado. Cícero, estava sendo ameaçado por policiais Militares que vem dar reforço em Ribas do Rio Pardo, dizendo que Cícero seria o próximo da fila, (existe uma fila para a polícia eliminar), que oportunidade de pegar ele sozinho não iria faltar e que o tiro seria certeiro.

As ameaças foram tão contundentes que Cícero temendo por sua vida fez diversas denúncias, junto ao Ministério Público, a Corregedoria e ouvidoria da Polícia Militar, porém, foi ignorado, pelas autoridades.

Se os autores das publicações quiserem de fato publicar a verdade, a família se coloca à disposição para esclarecer e apresentar documentação de denúncias realizadas.

Infelizmente as autoridades não fizeram nada para defender a vida do Cícero, que hoje a família chora pela perda, mas pode fazer pelos demais da fila, os quais já sabem que serão mortos, porque aqueles polícias avisam com antecedência. Apenas a título de alerta as pessoas que sabem estar na fila, não confiam no fato de que vocês se redimiram.

Deus sabe disso, ou pagaram suas dívidas com a justiça ou que andam certinho, que estão trabalhando e sustentando suas família que serão poupados da lista do próximo a morrer. A família pede JUSTIÇA e que seja apurado a verdade".

Fonte: g1