Publicado em 10/03/2025 às 17:44,

Massacres sectários na síria deixam mais de 1.000 mortos e intensificam crise humanitária

Massacres contra cristãos e alauítas se intensificam após queda do regime de Bashar al-Assad, gerando crise humanitária e repercussão internacional

Redação, Portal do Conesul MS
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Divulgação

A Síria, devastada por anos de guerra civil, enfrenta um dos períodos mais sangrentos de sua história recente, com uma escalada de massacres sectários que já deixou mais de 1.000 mortos em apenas três dias. A violência tem sido concentrada principalmente contra cristãos e alauítas, grupo minoritário que apoiava o regime do ex-ditador Bashar al-Assad, e ocorre após a queda de seu governo em dezembro de 2024.

Os ataques foram atribuídos a forças de segurança do governo interino sírio, com o apoio de grupos militantes sunitas, que consideram os alauítas "hereges" devido à sua vinculação com uma ramificação do islamismo xiita. O alauísmo, que representa cerca de 10% da população síria, foi uma das bases de poder do regime de Assad, que governou o país com mão de ferro por mais de 20 anos. Para muitos sunitas radicais, os alauítas são vistos como "traidores da fé", intensificando os confrontos que não são apenas políticos, mas também religiosos.

O impacto tem sido devastador. Milhares de civis, incluindo mulheres e crianças, fogem para áreas montanhosas ou até mesmo para bases militares russas, buscando refúgio em meio ao caos.

A tragédia tem gerado forte repercussão internacional. Os Estados Unidos e a Rússia convocaram uma reunião emergencial na ONU, enquanto a França condenou publicamente os ataques. No entanto, a resposta da comunidade internacional tem se mostrado ineficaz, e a guerra continua a se intensificar, com a questão religiosa sendo um fator central na perpetuação da violência. A população civil segue sendo a principal vítima desse conflito brutal. (Com informações The News)

Fonte: Portal do Conesul