Publicado em 04/07/2025 às 11:07,

Preso dormindo em boca de fumo, filho diz que deu 5 facadas na mãe...

Redação, Campo Grande news
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Alfredo Henrique Oruê dos Santos, de 21 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (4) dormindo em uma boca de fumo no bairro Jóquei Clube, região leste de Dourados - cidade a cerca de 80 quilômetros de onde, horas antes, ele assassinou a própria mãe com cinco golpes de faca.


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"A perícia foi acionada e identificou pelo menos 5 facadas, sendo a derradeira na jugular. Ele teria se aproveitado do fato de o pai estar viajando a trabalho", diz nota da Polícia Civil.

O jovem fugiu de Glória de Dourados com o carro da família, um Renault Logan, logo após o crime. Localizado pela Polícia Militar, foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados. Na chegada à unidade, confessou o assassinato diante de repórteres que acompanham a prisão.

A vítima, Michelly Rios Midon Oruê, de 47 anos, foi encontrada morta por familiares no fim da noite desta quinta-feira (3), caída no quintal de casa, no Centro de Glória de Dourados. Amigos e parentes decidiram ir até o local após notarem a ausência da vítima e se depararam com a tragédia. O marido de Michelly estava fora da cidade, a trabalho.

 Ela estava sozinha com o filho - que, segundo testemunhas, já havia demonstrado comportamentos agressivos sob o efeito de drogas

Histórico - Michelly era natural de Corumbá e se mudou para Sidrolândia junto a outros familiares. Mas, para cuidar melhor do filho, diagnosticado com esquizofrenia, segundo a família, procurou melhor atendimento em Glória de Dourados. “Ela mudou por conta dele. Em Sidrolândia, ele tentou contra a própria vida e ficou internado 15 dias. Depois foram embora para tentar um tratamento”, contou a irmã da vítima, a empresária Adriana Oruê.

Michelly era conhecida pelo jeito acolhedor e pela força com que enfrentava as dificuldades da vida. “Ela era uma irmã alegre, sempre fazia tudo por nós. Lutou muito pela família. Aqui em Sidrolândia era muito querida. Sempre disposta a ajudar todo mundo”, relembra Adriana, com a voz embargada.

O último contato entre as irmãs foi na terça-feira, dois dias antes da morte. “Falei com ela. Disse que estava tudo bem, que ia levar ele no médico. Não sei se voltou a usar droga...”, desabafa Adriana. A polícia ainda apura o que motivou o crime.