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Mais da metade dos mortos em megaoperação no Rio são identificados

Mais da metade dos 117 mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e Penha foram identificados, com necropsias no IML Afrânio Peixoto

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Moradores do Complexo da Penha observam corpos enfileirados e que foram encontrados após operação policial, no Rio de Janeiro

Mais da metade dos corpos dos 117 suspeitos mortos na megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, já foram identificados. Necropsias são realizadas no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio

O que aconteceu

Parte deles foi liberada para a retirada pelas famílias. A Polícia Civil não informou, porém, quantos, nem deu detalhes de nomes e idades das vítimas.

IML do Rio foi fechado para receber somente os corpos das vítimas da operação. Segundo a PCERJ, todos os outros corpos que precisarem passar por necropsia no Rio serão levados para o IML de Niterói

Até o início da noite de quarta, seis haviam sido liberados, segundo a Defensoria Pública. Ontem, familiares estiveram no local para buscar informações e realizar reconhecimento das vítimas. Parentes precisam se cadastrar antes de serem autorizadas a fazer o reconhecimento. O cadastro é feito no Detran do Rio, localizado ao lado do necrotério, antes do reconhecimento oficial.

O IML é o órgão técnico responsável por analisar todos os cadáveres da operação. A partir da análise, elabora laudos detalhando o estado dos corpos e possíveis causas das mortes.

Contagem oficial de corpos só foi atualizada após moradores de comunidades afetadas recuperarem e enfileirarem os corpos nas ruas

Corpos foram estendidos em praça e retirados por rabecões da Defesa Civil dirigidos por bombeiros militares. A equipe do UOL não presenciou nenhum policial no local durante a remoção dos mortos na manhã de hoje.

Polícia Civil abriu inquérito e vai investigar quem tirou os corpos da mata. As pessoas serão investigadas por fraude processual por terem, supostamente, retirado as vestes dos mortos que estavam com roupas camufladas, informou o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Felipe Curi.

Ação mobilizou 2.500 agentes para cumprir mandados de busca e apreensão em localidades da capital fluminense. A ação é resultado de um ano de investigação envolvendo, também, o Ministério Público do Rio de Janeiro e busca desarticular lideranças do CV.

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