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Acidente com 2 mortes foi em trecho com asfalto recapeado, mas sem sinalização

A 262 fica com "pontos cegos" diante do intervalo entre obras de melhoria da pista e de sinalização

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Trecho da BR-262, a 50 km de Campo Grande, não tem sinalização horizontal. (Foto: Henrique Kawaminami)

O acidente com duas mortes na manhã desta segunda-feira (dia 26), entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, aconteceu em ponto da BR-262 sem sinalização no asfalto. A rodovia passa por obras de recapeamento. Mas, como primeiro é feita a aplicação de massa asfáltica para depois vir frente de obra com a sinalização da pista, a BR-262 fica com "pontos cegos". Antes do trecho, a 200 metros, há uma placa vertical proibindo a ultrapassagem.

Além de dividir o fluxo dos veículos, a sinalização viária orienta o condutor sobre os pontos de ultrapassagem proibida (faixa contínua) ou quando a manobra é permitida (faixa seccionada).

A colisão aconteceu no km 285, próximo da cidade de Ribas do Rio Pardo. O motorista do caminhão contou que seguia da Capital sentido a Três Lagoas, quando tentou uma ultrapassagem. Ao perceber que não daria tempo, jogou o caminhão para o acostamento do sentido contrário.

Contudo, a condutora de um Fiat Uno preto, placas de Campo Grande, também jogou para o acostamento e os veículos colidiram de frente. As duas ocupantes do carro morreram no local.

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Placa vertical indica proibição de ultrapassagem antes de local com acidente fatal. (Foto: Henrique Kawaminami)

No último dia 16, a reportagem percorreu os 198 km entre Campo Grande e Água Clara. No trajeto, havia obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em dois pontos, mas a melhoria do pavimento não vinha acompanhada de sinalização, com trechos sem pintura no asfalto. 

Nos 103 km que ligam Campo Grande a Ribas do Rio Pardo, onde a paisagem do Cerrado vai sendo tomada por eucalipto para produção da celulose, o asfalto tem melhores condições, mas o fluxo é intenso. Ribas sedia a construção da maior fábrica de produção de celulose em linha única do mundo, investimento de R$ 19,3 bilhões.


             “A nossa orientação com relação à ultrapassagem é que o condutor só faça em plenas                                  condições de segurança. A sinalização vertical e horizontal está ali, obviamente, para auxiliar.                          Mas, além disso, tem outros fatores, que envolvem a visibilidade, velocidade do veículo,                              distância de segurança. Por isso a gente sempre enfatiza que a ultrapassagem só pode ser                         feita se o condutor tiver plena certeza que vai ter condições de concluí-la desde o início até o                   final com segurança”, afirma Fábio Sodré, do Núcleo de Comunicação da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

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