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Capital de MS amanhece encoberta por fumaça de incêndios no Pantanal e qualidade do ar é a pior do ano

Pela primeira vez, Estação de Monitoramento classificou como "ruim" o índice de qualidade do ar em Campo Grande. Previsão do tempo indica possibilidade de chuva que pode amenizar 'calorão'.

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O dia em Campo Grande (MS) amanheceu coberto por uma neblina de fumaça neste domingo (19). Com umidade em 25% e temperatura máxima de 34°C, a situação pode ser amenizada pela chuva prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Pela primeira vez neste ano, a Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da Universidade Federal de Mato Grossdo do Sul (UFMS), que confere a qualidade do ar na capital, classificou como "ruim" o índice de qualidade do ar hoje.

A mudança na temperatura ocorre devido ao intenso fluxo de calor e umidade vindo da Amazônia, aliado ao avanço de uma frente fria oceânica. Além disso, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e o transporte de cavados favorecem a formação de nuvens e chuvas no estado.

De acordo com a última atualização, a qualidade do ar pontuava 97 alcançando a marca de "ruim". Quanto maior o número, pior é a qualidade do ar. Veja abaixo.

O doutor em geofísica espacial e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredores de nuvens têm facilitado a chegada da névoa em outros estados brasileiros e até em países fronteiriços, como Paraguai e Bolívia.

"O aumento de fumaça foi devido a chegada dessa pluma, em decorrência das queimadas que ocorreram no Pantanal e também na Amazônia. Isso mostra que a poluição do ar é um problema transfronteiriço, ou seja, que regiões relativamente distantes podem impactar outras regiões. Identificamos nesse momento uma condição moderada já aumentando, podendo chegar até uma concentração de ruim mais tarde", detalha o pesquisador.

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O meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) Vinicius Sterling explica que o avanço da névoa de fumaça do Pantanal também é maximizado pelos incêndios na Amazônia.

"A fumaça que está chegando em outros estados não são apenas do Pantanal, também tem influência da Amazônia. A situação se maximiza em Mato Grosso do Sul e vai para outras regiões. Na Amazônia boliviana também há focos de calor, o que contribui para chegada de fumaça em outros estados, principalmente o estado do MS", detalha o especialista em clima.

Fonte: g1

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