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Estrangeiros chegam ao Egito após primeira abertura da fronteira de Gaza desde o início da guerra

Expectativa é que até 500 estrangeiros cruzem a passagem em Rafah, segundo fontes; 17 ambulâncias também deixaram o lado de Gaza, mas número de passageiros transportados é incerto

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Divulgação

Ao menos 110 portadores de passaporte estrangeiro partiram de Gaza nesta quarta-feira (1º), segundo autoridades do lado palestino da passagem de fronteira de Rafah.

Fontes disseram à CNN que se espera que até 500 estrangeiros cruzem a fronteira de Gaza em Rafah. Ainda não está claro se todos os portadores de passaportes estrangeiros cruzaram para o Egito.

Dezessete ambulâncias também deixaram o lado de Gaza da fronteira nesta quarta, de acordo com o Rafah Crossing Media, o braço oficial de comunicações da fronteira – embora não esteja claro quantos pacientes as ambulâncias transportavam.

Além disso, 20 caminhões transportando ajuda chegaram a Gaza, informou a autoridade, sem especificar que tipo de ajuda foi carregada nos veículos.

De acordo com a televisão egípcia Al-Qahera, o Hospital Al-Arish começou a receber palestinos feridos vindos da Faixa de Gaza.

Durante mais de três semanas, a passagem de Rafah permaneceu quase totalmente fechada, com alguns suprimentos de ajuda chegando, mas nenhum civil autorizado a sair.

Dois reféns israelenses foram autorizados na semana passada a sair para o Egito, mas mais de 2 milhões de palestinos permaneceram presos dentro do enclave em meio a uma crise humanitária crescente.

Saída de estrangeiros de Gaza não envolve libertação de reféns, dizem fontes à CNN

O acordo para libertar estrangeiros de Gaza para o Egito não faz parte de qualquer acordo potencial para garantir a libertação de reféns detidos pelo Hamas, segundo diversas fontes ouvidas pela CNN.

Essas conversas continuam em curso e um responsável dos EUA disse que iria alertar contra quaisquer comparações entre as duas missões paralelas.

Mas a realidade é que os envolvidos em ambas as negociações são os mesmos: Israel, Egito, Catar, Hamas e os EUA.

Entretanto, como sublinhou este responsável norte-americano, o acordo anunciado nesta quarta-feira (1º) não inclui qualquer componente que possa levar à libertação de reféns num momento posterior, por exemplo.

Brasil fará novo apelo para Israel, Egito e Catar autorizarem saída de brasileiros

A ausência de brasileiros na primeira lista de pessoas autorizadas a usar a passagem de Rafah para deixar a Faixa de Gaza mobilizou o governo no Brasil a refazer o caminho de articulação para que os brasileiros não fiquem no fim da fila e consigam, ao menos, terem os nomes incluídos nos primeiros grupos.

O Brasil diz que irá reforçar o contato via Itamaraty e Presidência da República para que os brasileiros entrem nas listas. Depois de participar de reunião do Conselho de Segurança da ONU, o ministro Mauro Vieira retorna ao país nesta quarta-feira.

De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, os apelos serão refeitos com as autoridades de Israel, Egito e do Catar, que ajudou a articular a saída de feridos e dos primeiros estrangeiros de Gaza. Também não está descartado contato com o Hamas, que controla Gaza.

A organização das listas provocou mais um choque entre declarações de autoridades palestinas e israelenses.

À CNN, o embaixador da palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, atribuiu a responsabilidade a Israel. “Não há brasileiros, assim como de outras nacionalidades, por questões políticas, não é por logística. Israel não autorizou”, disse.

Desde o início do conflito Israel-Hamas em 7 de outubro, integrantes da diplomacia brasileira e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem mantendo contato com autoridades israelenses, egípcias e palestinas para buscar a evacuação dos brasileiros em Gaza.

Em meio a muita expectativa pela abertura de Rafah, os primeiros estrangeiros que de fato irão percorrer a rota de fuga são da Austrália, da Áustria, da Bulgária, da Finlândia, da Indonésia, da Jordânia, do Japão e da República Tcheca.

Veja também – Israel: Túnel do Hamas agravou ataque em campo de refugiados

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Fonte: CNN

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