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'Roda da humilhação' e agressões: dona de creche é indiciada por tortura e maus-tratos a 20 bebês e crianças

Para a Polícia Civil, as vítimas eram agredidas com tapas no rosto, beliscões e puxões de cabelo como punição. Além das agressões, as crianças recebiam sedativos em grande quantidade para dormirem.

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Local funcionava de forma irregular em Naviraí (MS). — Foto: Reprodução

Empresária, de 30 anos, foi indiciada por maus-tratos e tortura a pelo menos 20 bebês e crianças de zero a sete anos em uma creche irregular em Naviraí (MS). Além de ser indiciada pelas agressões, a suspeita também deve responder pelos crimes de exposição à vida ou saúde dos menores, já que dopava as crianças com calmantes.

A proprietária da creche e uma cuidadora, de 26, foram presas em flagrante por torturar e drogar bebês. Em nota, a creche 'Cantinho da Tia Carol', afirmou nunca ter agredido, ameaçado e nem ministrado nenhum remédio. A empresária segue presa, já a cuidadora saiu mediante pagamento de fiança.

Durante a investigação e construção do inquérito policial foi constatado que a creche não possuía alvará de funcionamento. As diligências feitas pela Delegacia de Atendimento às Mulheres (DAM) levantaram denúncias de maus-tratos, tortura e omissão cometidos pelas investigadas, contra, pelo menos, 20 crianças de zero a sete anos.

Para a polícia, as crianças sofreram agressões físicas e psicológicas de forma explícita. A investigação também apontou que a empresária agredia apenas crianças e bebês que não falavam, já que as vítimas teriam mais dificuldade em relatar os maus-tratos.

Entre os depoimentos e relatos das testemunhas e vítimas, a polícia conseguiu identificar que as crianças e bebês eram agredidas com tapas no pescoço, rosto, beliscões e puxões de cabelo.

Segundo o inquérito policial, as agressões serviam para "castigar" e "disciplinar" as crianças. Entretanto, aos pais, a suspeita falava que as vítimas tinham se acidentado, conforme dito pela polícia.

Agressões e uso indevido de remédios

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Remédio era administrado em crianças sem o consentimento de responsáveis. — Foto: PCMS/Reprodução

(ex: G1)

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