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Criança de três anos escuta pela primeira vez graças a implante oferecido pelo SUS em BH

Pequena Luna nasceu prematura e, por causa dos medicamentos que recebeu durante internação, não escuta. Graças ao procedimento, a vida dela está mudando.

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Você já pensou na emoção de ouvir pela primeira vez? Uma família de Minas Gerais viveu esse momento junto com a Luna, uma garotinha de apenas três anos, graças a um implante coclear oferecido pela rede pública de saúde.

Luna nasceu prematura. Ficou mais de um mês na UTI e o teste da orelhinha preocupou. Pelo resultado, ela não ouvia nada.

Segundo especialistas, os medicamentos que Luna tomou quando estava internada comprometeram a audição dela. A deficiência foi provocada na cóclea, parte do ouvido que parece um caracol. (veja arte abaixo)

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Divulgação

A partir do diagnóstico, começaram uma saga pra fazer Luna escutar. No interior de MG, ela fez mais exames e exercícios de fonoaudiologia, usou aparelhos, mas nada adiantou. Em busca de melhores tratamentos, a família se mudou pra Belo Horizonte, vivendona casa de parentes.

"O que a gente tivesse ao nosso alcance e o que a gente pudesse fazer, a gente ia fazer. O que a gente mais quer é ela chamando 'mamãe, papai, titio, vovô'", contou Virna Beatriz Silva, mãe de Luna.

Inspiração

E na Santa Casa de Belo Horizonte eles encontraram um caminho e uma inspiração: a Evelyn, que foi a primeira paciente do hospital a receber um implante do tipo.

"Ela brincava, ouvia, e correspondia tudo normalmente. Aí quando foi com 10 anos ela, de um dia pro outro, acordou falando que não estava ouvindo do lado esquerdo. Então que a gente descobriu que ela tinha perdido a audição", relembrou Eliane Pereira, mãe de Evelyn

Evelyn passou pelo procedimento e, então, viu sua vida mudar.

"Me sinto bem melhor né, me sinto mais tranquila, me sinto mais confortável, escutando melhor, eu me sinto bem", narrou Evelyn Fernanda de Assis, de 12 anos.

Vida de Luna já está mudando

Luna já começou a viver essa experiência. No fim do ano passado, ela fez uma cirurgia que implantou eletrodos no ouvidinho dela, no intuito de fazerem o papel da cóclea, que não funciona muito bem.

Agora, chegou o momento da segunda fase: adaptar um processador que capta todos os sons para, assim, a menina ter a chance de ouvir pela primeira vez.

"Vai estimular, vai ativar esses eletrodos para levar o som e vai ser a primeira experiência dela com o som. A cóclea recebe esse estímulo, transforma em estímulo nervoso e leva para o cérebro", explicou Mirian Cabral Moreira de Castro, chefe do serviço de otorrinolaringologia da Santa Casa de BH.

A menina recebeu bem o aparelho, que vai fora do ouvido. A partir daí, começaram os testes. Pelo celular, a família acompanhava o momento tão esperado.

A pequena reagiu ao som pela primeira vez e a família não escondeu a emoção. "Meu Deus, eu não acredito", disse a mãe, em lágrimas.

Fonte: g1

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